Novos critérios da cesariana e benefícios do parto natural

Novos critérios da cesariana e benefícios do parto natural

Mês passado passou a vigorar a decisão do Conselho Federal de Medicina (CFM) que define novos critérios para cesariana. Agora a cirurgia pedida pela mãe só poderá ser realizada a partir de 39 semanas de gestação.

Isso gerou muita discussão entre as futuras mamães, especialmente entre as que não concordam com a medida, mas como mulheres e mãe (Lori), somos a favor do parto natural. Acreditamos que esse é o desfecho natural de qualquer gravidez e que qualquer bebê tem o direito de escolher a hora de nascer. Além disso, a recuperação da mãe após o parto natural é muito mais rápida (de sair andando no dia seguinte) enquanto que a cesariana oferece uma recuperação demorada e marcas que podem durar uma vida.

Por isso escolhemos publicar o ponto de vista do amigo e Doutor, Maurício Nasser Ehlke, que dá o parecer dele sobre o risco da cesariana e os benefícios do parto natural:

“O parto é um processo natural nos animais. O corpo da fêmea se adapta à condição gestacional e à atividade do parto. Vivemos um período em que temos soluções prontas e rápidas para tudo. Com a desculpa de que a medicina é muito “evoluída” e pode facilitar a vida das pessoas, cesarianas são marcadas de acordo com a conveniência e conforto para a família e para o médico. Ouve-se falar que o método cirúrgico da cesariana é menos arriscado e doloroso. Impressionante como o paradigma cultural nesse assunto afasta as pessoas da naturalidade e do primitivo. O humano contemporâneo se angustia com a sensação de que não está no controle, portanto vivemos em uma sociedade em que tudo é consumível, até o “bem estar”. Em prol do consumo do “bem estar”, a sociedade desafia milhares de anos de evolução do ser humano no quesito nascimento de bebês. A natureza é sábia e sabe o que faz. Mulheres sabem parir e bebês sabem nascer. Com a intervenção da cesariana muitos processos naturais são interrompidos. Por exemplo, a migração de neurônios – a cereja do bolo – no processo de maturação final do sistema nervoso central do bebê. É no momento do parto, com estimulações fisico-químicas, em que cessam os processos migratórios. O que acontece então se não se permitirem esses estímulos? Tirar um bebê do útero por cirurgia não seria uma forma de interromper a gestação antes da natureza bater à porta, ou seja, entrar em trabalho de parto? É cientificamente comprovado que crianças prematura têm correlação com o desenvolvimento de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e hiperatividade). Prematuridade extrema, com menos de 30 semanas de gestação, esta relacionado com a incidência de pautas autistas em 20 a 30 % destas crianças. Isso justifica que a prematuridade, um sistema neurológico ainda não pronto, interfere no bom funcionamento cerebral. Nos deparamos até com profissionais dizendo que uma ou duas semanas de diferença não fazem diferença. Isso baseado em que? Não existem estudos que demonstrem isso. Como pode um profissional desafiar a lógica natural e afirmar algo assim? Muitos processos ocorrem no período ativo do parto, como por exemplo inundação de uma substância chamada ocitocina, através do cordão umbilical, no cérebro tanto do bebê quanto da mãe. A ocitocina é responsável por finalizar o processo do parto e “conectar” a unidade mãe-bebê, que na espécie humana ficciona-se com mais tempo que outros animais. No procedimento cirúrgico nada disso é respeitado. A ocitocina natural não terá chance de regular o funcionamento neuronal do cérebro do bebê. Durante o andamento do parto, a ocitocina converte vias neuronais excitatórias em vias inibitórias após o parto, sem o hormônio isso não vai acontecer. Além disso tudo, depressão pós-parto na puérpera, desmame precoce, estresse do recém nascido e cólica estão relacionados com a cesariana. Definitivamente o parto natural é a melhor forma de respeitar tanto o bebê quanto a mãe. É a única certeza que nenhum processo intervencionista irá interferir no neurodesenvolvimento do bebê.”

Você pode conferir o passo a passo do parto em 3D no vídeo abaixo:

Gostou? Compartilha com as amigas.

Vai ser mamãe? Parabéns! Desejamos uma experiência maravilhosa!

Não concorda? Não tem problema, aceitamos todos os pontos de vista.

Beijinhos e até a próxima!

2 comentários

  1. Amanda Fontana dos Santo Miliorini

    Boa tarde… Eu gostei da reportagem… Hoje sou mãe e fiz uma cesárea. Quando eu estava grávida, meu médico me perguntava e eu falava que não queria ficar esperando, porque morava longe do meu médico (140 km), mas mesmo marcando a minha cesárea Deus quis que acontecesse antes, 4 dias antes da cesárea minha bolsa estourou e tive que sair às pressas para a cidade do meu médico. E mesmo a bolsa tendo estourado, duas horas depois eu ainda não sentia nenhuma dor e estava apenas com 2 cm de dilatação, com isso fiz uma cesárea. Na consulta de retorno, questionei meu médico se eu conseguiria fazer parto normal, aí ele me disse que particularmente ele, quando acontece o que aconteceu comigo, ele espera um tempo para ver se a mãe tem dilatação, caso ela não tenha dilatação ou se os cm de dilatação não aumentam depois de umas 2 horas, ele faz a cesárea porque a criança corre o risco de contaminação, visto que eu cheguei no hospital 2 horas depois da bolsa ter estourado e praticamente todo o líquido da placenta já ter saído. Na época, como eu moro longe do meu medico, não queria ficar esperando, mas particularmente eu gostaria de ter parto normal… Mas mesmo a bolsa ter estourado, eu não tive nenhuma contração e bem pouca dilatação!!! Então… Nesse caso fiz a cesárea pensando no bem estar da minha filha, tive medo de acontecer alguma coisa com ela caso ficasse muito tempo na barriga e sem líquido na placenta!!!

  2. Olá, Amanda. Ficamos muito felizes por você ter dividido a sua história. Claro que quando a mãe ou o bebê correm riscos, somos super a favor da cesárea. Que bom que deu tudo certo e sua filha nasceu bem e saudável!

    Esperamos que você continue frequentando o portal (:

    Beijos!

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